Edição/reimpressão: 2007
Páginas: 368
Editor: Editorial Presença
Sinopse
Arquitectado ao melhor estilo dos grandes romances anglo-saxónicos, O Décimo Terceiro Conto foi eleito "um clássico moderno" pela revista inglesa The Bookseller. Traduzido em 32 países, alcançou o primeiro lugar no top de bestseller do jornal The New York Times, ocupando a mesma posição na revista americana Publishers Weekly, ambos relativos ao mês de Outubro de 2006. O Décimo Terceiro Conto, de Diane Setterfield, tem início quando a filha de um livreiro, Margaret Lea, descobre uma carta da sua escritora inglesa preferida que se imortalizou tornando-se uma verdadeira lenda: Vida Winter. Nessa carta Winter expressa a sua vontade para finalmente contar em livro aspectos nunca antes revelados da sua vida que sempre intrigaram jornalistas e fãs. Depois de ter escrito treze histórias, que apenas continham doze, a sua primeira obra, parece ter chegado agora o momento de desvendar o décimo terceiro conto, a sua própria história. Num compulsivo e emocional mistério, Diane Setterfield cria um enredo considerado "talentoso" pelo Washington Post.
A minha opinião:
O meu gosto por histórias vem desde muito cedo, desde que me conheço que sempre adorei que me contassem uma boa história. Como tal, quando Diane Seterfield me propôs no seu
Décimo Terceiro Conto contar-me a história de Vida Winter, uma escritora de sucesso, e de Margaret Lea, biógrafa, eu aceitei imediatamente e de bom grado, sentei-me e ouvi.
Sim, ouvi, porque Diane S. revelou-se mais uma excelente contadora de histórias, daquelas que nos fazem esquecer que estamos a ler e em vez disso senti-mo-nos quase presentes junto de Margaret e Vida enquanto estas desfiam as histórias das suas vidas.
Tenho-me apercebido ultimamente de que gosto de histórias intensas, complexas, não necessariamente tristes mas com o seu quê de soturnidade, como é o caso desta.
Muito ao estilo Kate Morton (quantas vezes, ao emergir por instantes desta leitura, tive que pensar se não estaria mesmo a ler um livro desta escritora que tanto gosto), aqui, tal como nos seus livros, sentimos também aquele constante prenúncio ao longo da história de que algo terrível ficou escondido no passado e só no final nos será revelado. Somos conduzidos passo a passo através de um nevoeiro denso que à medida que avançamos vai levantando e só no final abrirá e nos deixará ver com clareza todo o sombrio percurso.
Fui conquistada logo à partida por esta contadora de histórias, com as suas descrições da livraria do pai de Margaret, do gosto por livros de ambos, da forma como desde pequena Margaret via naquela livraria o seu pequeno mundo aparte, de como o seu pai a ensinou a ler ali naquele local, ensinando-lhe o alfabeto através dos nomes dos autores ali presentes...
Enfim, penso que qualquer amante de livros ficaria logo ali rendido à envolvência das descrições da autora e talvez até alguns se identifiquem com Margaret.
Por tudo isto, Margaret e a enigmática e sombria Vida Winter são duas personagens que conquistaram um cantinho no meu coração de leitora.
E, pronto, acho que já devem ter percebido que esta leitura está mais que recomendada!! ;D
Classificação: 5 Excelente!