sábado, 18 de abril de 2015

Das ausências...


Há vezes em que a ficção nos sequestra da realidade... e outras há em que é a vez da realidade nos sequestrar da ficção!!

Isto tudo para vos dizer que não abandonamos o barco, apenas viemos a terra uns tempos! ;)

But, we'll be back! 

=D

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Frases que ficam...


A mulher de cabelos loiros e o homem de chapéu - Deborah Mckinlay


"A principio lera com rapidez, como que agarrada a um veículo em movimento, levada pelo ritmo da trama. Mas depois abrandara, de propósito, para apreciar a escrita, o humor nas frases breves, as descrições evocativas das refeições e dos cenários. Sentira o calor quando havia calor, e o medo quando havia medo, e a solidão que estava subjacente na história que saía das páginas. Tinha conseguido fazer o que as boas histórias sempre conseguiam: fazê-la esquecer-se dela própria." - Pág. 51


sábado, 7 de fevereiro de 2015

A Mulher de Cabelos Loiros e o Homem de Chapéu - Deborah McKinlay


Edição/reimpressão: 2014
Páginas: 240
Editor: Edições Asa

Tudo começa com uma carta.
Eve Petworth escreve-a com o objetivo de felicitar um dos seus escritores favoritos.
Jackson Cooper lê-a e, embora tenha tudo o que um escritor de fama mundial possa desejar, sente uma ligação imediata com a sua autora. Algo que, percebe então, o sucesso e o dinheiro não compram.
Não se conhecem pessoalmente e têm pouco - ou mesmo nada - em comum. Eve é inglesa e vive voluntariamente enclausurada em casa.
O mundo fora de portas angustia-a. As relações sociais paralisam-na. É uma romântica que se condenou à solidão.
Jackson é americano e vive rodeado de pessoas, principalmente mulheres. Mas ninguém consegue ajudá-lo a ultrapassar o bloqueio criativo que o atormenta secretamente. É um artista sem rumo.
Em jeito de evasão, Jackson transfere o seu impulso criativo para a cozinha. Infelizmente, a sua nova namorada é vegetariana e pouco dada a devaneios gastronómicos. Essa é uma lacuna que Eve está mais do que habilitada a preencher, dada a energia que dedica às mais delicadas e complexas iguarias. E quando trocam receitas e segredos culinários, a distância entre ambos quase se extingue. Uma distância que é simultaneamente reconfortante (para Eve) e tentadora (para Jackson).
O escritor está disposto a arriscar quebrar a magia que esta improvável amizade trouxe à sua vida e propõe um encontro na cidade mais gourmet do mundo: Paris. Não podia saber que a ansiedade patológica de Eve torna esse sonho impossível…


A minha opinião:

Este não é um romance vulgar, trata-se da história de duas personagens unidas pelos livros e pela culinária. Haverá melhor combinação?! ;)

A culinária aparece nesta história como um refúgio para ambas as personagens. Um refúgio das suas batalhas. Eve dos seus ataques de pânico e da relação com a filha. Jack, do bloqueio na escrita de um novo livro e da sua relação com as mulheres. Em comum, a descoberta si próprios...

Se o tempo me o houvesse permitido tinha lido este livro de uma vez só, de tão fluída e convidativa é a sua escrita. Adorei a forma de inclusão das cartas na narrativa. Tal como a forma como as personagens falavam do seu gosto pela cozinha e partilhavam várias dicas entre si.

Todo o ambiente de amor pela culinária fez-me, logo ao 3º capítulo, ir para a minha própria cozinha dar largas à criatividade e inventar um petiscozinho para o meu jantar. 

Em suma, um romance que considero original e especial e, que recomendo a sua leitura, em especial aos amantes de culinária.

Classificação: 4 Muito Bom!

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Aquisições da A.



Em Janeiro desgracei-me por completo! =| 

Sete lindos livros novos para as minhas estantes que, by the way, já estão outra vez com lotação esgotada! Lá vou eu ter que estudar novas formas de arrumação que ocupem o mínimo espaço possível. 
O que salvou o mealheiro dos livros da banca rota foi o facto de que todos os livros foram comprados em belas promoções de 50% e/ou em segunda mão. Mas, mesmo assim, o objectivo será (tentar) não fazer nenhuma compra em Fevereiro e Março! Wish me luck! =S

Gostam dos novos habitantes da minha estante?
E vocês, começaram o ano boas aquisições?

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Frases que ficam...


Heróico Fogo da Primavera - Sabina Ricagni

"Sou uma alma velha numa roupagem nova. Tenho vindo a passar por muitas vidas onde fui aumentando os meus conhecimentos." - Pág. 45

"(...) há grupos de pessoas que voltam a encarnar sempre juntos, mesmo em diferentes vidas! E cumprem os mesmos papéis do passado... ou diferentes, dependendo do que é que lhes ficou pendente para resolver.
- A sério? E reconhecem-se do passado? (...)
- Nem sempre- sorriu Luca - nem sempre. Ou seja, por vezes temos pressentimentos, indícios, conexões irracionais que faz com que nos liguemos mais a umas pessoas do que a outras, mas não há nenhuma prova física que o comprove. (...)
- A ciência e o espírito estão cada vez mais próximos do que imaginamos. Já não há um tão grande divórcio como nos últimos quatrocentos anos. Mas de qualquer maneira dou-te uma pista. É possível reconhecer as almas companheiras de outras vidas, através do olhar. Lembra-te, Flora, que os olhos são o espelho da alma." - Pág. 47

"A alquimia é a arte de elevar a vibração de cada pormenor da natureza, sabendo como favorecer cada ser vivo através dela, para que o verdadeiro ouro interior, que temos dentro de nós, venha à superfície do nosso ser. Cada um de nós é um perfeito microcosmos que dança a mesma música do macrocosmo." - Pág. 114

"O amante físico é aquele que entrega o seu corpo mas que se esquece do seu espírito. O amante divino é aquele que envia o seu amor, mas não dá o seu corpo. A nossa união, Flora, é concebida sob o amor místico, uma conspiração do físico com o espírito que acontece na mente, mas sobretudo aqui - pressionou-lhe delicadamente o peito - no coração." - Pág. 151

"(...) a avó tinha-lhe contado que quando uma pessoa queria comunicar com uma estátua tinha de parar em frente dela e perguntar-lhe claramente o que desejava saber. A resposta viria com as primeiras palavras da primeira pessoa que se cruzasse no seu caminho, depois de ter feito a pergunta, fosse ela conhecida ou não..." - Pág. 177

Heróico Fogo da Primavera - Sabina Ricagni


Edição/reimpressão: 2008
Páginas: 192
Editor: Zéfiro

Sinopse
Flora, uma bela jovem de 32 anos, leva uma fabulosa vida como reconhecida jornalista de moda em Roma. O materialismo e futilidade do seu trabalho toldam o seu quotidiano, preenchido de frivolidades. Até que um encontro com o seu amigo Marco, a leva ao mosteiro de Santo Spirito e tudo renasce…
Flora, começa então a interpretar os sonhos que há muito a atormentavam, portais para uma vida passada no século XVI, repleta de ensinamentos e magia.
Irá dar-se o reencontro entre a discípula e o mestre de outra vida: Giordano Bruno, condenado e queimado pelo Santo Ofício.

A minha opinião:

Este pequeno livro andava a chamar por mim desde o dia em que a B. o descobriu nos livros low-cost da Wook e me o apresentou por considerar que seria o meu género.

O tema vidas passadas é um tema que sempre me suscitou alguma curiosidade... Desta forma, no que respeita à abordagem desta temática, a primeira parte deste livro encheu completamente as minhas medidas, com passagens que foram exactamente ao encontro das minhas "crenças".

Já no que respeita ao enredo em si, este não me prendeu tanto. No entanto, considero-o um livro interessante especialmente para quem, como eu, gostar ou tiver curiosidade sobre a "reencarnação das almas" e todo o misticismo envolvente. 
Gostei muito da forma como estes temas foram debatidos, explicitados e envolvidos no enredo da história. E gostei em particular do conceito de "almas companheiras" que se reconhecem noutras vidas (vejam depois o Frases que ficam... do livro que vos poderá ajudar a melhor compreender aquilo a que me refiro).

Uma nota também para os excertos de poemas espalhados pela narrativa e que, sabemos no final, são poemas escritos especialmente para este livro por um autor português, José Manuel Capêlo, dos quais deixo aqui o meu excerto preferido do poema Paixão

"Guarda-me e segreda-me, como se te lembrasses dum velho
que te segredou as últimas palavras e os últimos pensamentos.
Guarda-me, como eu te levarei, no último grito, entre o fogo 
da fogueira que me consumirá o corpo, o sangue, o cérebro
mas nunca as ideias que deixei e consegui fazer vingar."

Classificação: Bom!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Frases que ficam...

 
Nove mil dias e uma só noite - Jessica Brockmole

"Se soubesses o que é correr atrás de alguém para agarrar apenas uns minutos do seu tempo, se soubesses como o mundo pára de girar só por um instante quando o seguras nos braços  e, depois, recomeça tão depressa que cais, tonta, no chão. Se soubesses que cada saudação dói mais do que cem despedidas. Se tu soubesses."
Pág. 22 
 
"Não podes acreditar em nada que seja dito em tempos de guerra. As emoções são tão fugazes como uma noite de paz."
Pág.37
 
"Um livro é como um jardim que se leva num bolso."
Pág.59
 
"Em todo caso, não pare de me escrever, aconteça o que acontecer. Podem não ser poesia para si, mas nunca entendi as suas cartas como menos do que isso."
Pág.77
 
"Acha mesmo que tem de dar-me provas, a mim? Acha que tem de fazer mais alguma coisa para além de continuar apenas presente? É só isto que eu lhe peço. Continue presente."
Pág. 96
 
"Procurei a tua fotografia e contemplei-a tantas vezes que já deve estar gravada no avesso das minhas pálpebras."
Pág. 107
 
"Guardei cada palavra como se fosse uma pérola, para enfiar num colar nas minhas noites solitárias em Skey."
Pág. 108  
 
"Quando desceste do comboio e aquele raio de sol atravessou a claraboia e iluminou-te, até um ateu teria visto ali o dedo de Deus."
Pág.112
 
"Creio que nem toda a experiência do mundo pode preparar alguém para a primeira vez que está com a pessoa que ama."
Pág. 116
 
"Lembras-te do poema que escrevi em Londres acerca do teu corpo estendido na cama, com o braço sobre o rosto? Só aquele gesto já era um poema. As palavras estavam ali - bastou-me colhê-las do ar e semeá-las na página."
Pág. 179
 
"Não consigo ser sem ti."
Pág.241