sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
domingo, 12 de dezembro de 2010
Se eu ficar - Gayle Forman
Naquela manhã de Fevereiro, quando Mia, uma adolescente de dezassete anos, acorda, as suas preocupações giram à volta de decisões normais para uma rapariga da sua idade. É então que ela e a família resolvem ir dar um passeio de carro depois do pequeno-almoço e, numa questão de segundos, um grave acidente rouba-lhe todas as escolhas. Nas vinte e quatro horas que se seguem, Mia, em estado de coma, relembra a sua vida, pesa o que é verdadeiramente importante e, confrontada com o que faz com que valha mesmo a pena viver, tem de tomar a decisão mais difícil de todas.
A minha opinião:
Mais uma vez um livro da Colecção Noites Claras, da Editorial Presença, me voltou a surpreender e demonstrou que um livro pequeno pode, na realidade, ser um grande livro!
Os livros desta colecção trazem sempre uma grande questão de fundo para se reflectir.
A questão presente neste livro é a seguinte: Imagine que tinha uma vida quase perfeita, apenas com os stresses do dia-a-dia, tinha uma bonita família com a qual vivia em harmonia, tinha um namorado/a, tinha bons amigos, tinha uma paixão pela música que dava sentido à sua vida, tinha 17 anos e um futuro promissor pela frente. Está a imaginar?
Agora imagine que um dia decide ir dar um passeio de carro com a sua família e, de repente, tudo isso desaparece ou parecia vir a desaparecer. E você ficava num ápice sem a sua família mais chegada, sem toda a harmonia que havia na sua vida e é como se lhe fosse dada uma hipótese de escolher se vale a pena lutar e ficar ou se se entrega, desiste de lutar e vai "embora" junto com a sua família.
Este livro conta-nos todo este processo pelo que a protagonista passou enquanto a sua alma passeava pelos corredores do hospital onde se encontrava em coma e, conta-nos também, todos os esforços que os seus familiares e amigos fizeram para, de certo modo, convencê-la a ficar com eles.
Foi um destes esforços realizado pelo namorado em conjunto com a melhor amiga de Mia que mais me emocionou, bem como a visita do seu avô...!
Em suma, este é um livro com alguma emoção e que nos deixa a reflectir sobre as nossas próprias vidas e sobre aquilo a que damos valor.
Aconselho a todos!
sábado, 11 de dezembro de 2010
O Estranho Caso de Benjamin Button - F. Scott Fitzgerald

Edição/reimpressão: 2009
Páginas: 76
Editor: Editorial Presença
Sinopse:
Na génese deste conto publicado pela primeira vez em 1922 terá estado, segundo F. Scott Fitzgerald, uma observação de Mark Twain em que o escritor lamentava que a melhor parte da vida fosse ao início e a pior no fim. Assim nasceu Benjamin Button, mas, como o leitor poderá começar a adivinhar, para grande desgosto e estupefacção de todos os envolvidos, o «pequeno» Benjamin vem ao mundo com a aparência, o tamanho e as peculiaridades de um homem de 70 anos… O Estranho Caso de Benjamin Button inspirou uma adaptação ao grande ecrã.
A minha opinião:
Se bem me lembro esta foi a primeira vez que li um livro depois de já ter visto o seu filme. Normalmente o processo é ao contrário, gosto sempre de ler primeiro para fazer o meu próprio filme mental, pois se vir o filme em primeiro lugar é muito difícil ao ler a minha imaginação não ir buscar as imagens do filme.
Mas tal não aconteceu neste caso. Pois, a meu ver, livro e filme são muito distintos e, foi-me impossível rever a personagem de Brad Pitt na personagem apresentada no livro. Nunca pensei vir a fazer uma afirmação destas mas, neste caso, acho que posso afirmar que o filme superou em muito o livro!
A minha primeira desilusão com o livro começou logo com o muito reduzido número de páginas (por isso apenas o comprei quando o encontrei numa óptima promoção), o que também indicava logo à partida que a história não iria ser tão pormenorizada quanto a do filme e acho que peca por isso.
No entanto, não quer dizer que não tenha gostado. Gostei, até porque é quase impossível não nos rendermos ao tema tão inusitado desta história.
A ideia que me ficou a pairar na cabeça depois de ler o livro e ver o filme foi a mesma: realmente a melhor parte da nossa vida parece ser o início, a infância, mas, será que gostaríamos mesmo de guardar o melhor para o final? Imagino-me na pele de Benjamin Button, cada vez mais novo, cada vez com mais saúde, enquanto caminhava pela vida e ia vendo todos os seus entes queridos partirem e deixando-o só na suposta melhor parte da sua vida...! Acho que o sofrimento seria muito maior e perderíamos tudo o que de bom a infância tem e que reside muito na inocência e ignorância que temos perante a vida!
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