sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Finalmente Juntos - Josie Lloyd e Emlyn Rees








Edição/reimpressão: 2001
Páginas: 296
Editor: Editorial Presença


Sinopse: Certamente esta será a comédia romântica dos anos 90... Jack e Amy são os personagens deste livro, e pela primeira vez, conseguimos ficar a par das duas versões na mesma história.Uma história narrada alternadamente segundo as diferentes perspectivas de Amy (Josie Lloyd) e de Jack (Emlyn Rees) dá origem a uma agitada e muito espirituosa história de amor sobre duas pessoas que se juntam no final dos anos 90. Este romance, de humor devidamente apimentado, reflete brilhantemente a atitude dos praticamente trintões dos dias de hoje.


A minha opinião:

Este livro é simplesmente adorável!
Com uma escrita simples e fluída, os autores expõem as vulnerabilidades dos protagonistas, assim como os seus sentimentos e pensamentos de uma forma sublime!
É quase como se entrássemos na pele dos protagonistas!
Amy e Jack são duas personagens que tão depressa não vou esquecer...
Foi super curioso e interessante ver a perspectiva feminina e masculina de uma mesma situação...
As situações caricatas por que passam são divertidíssimas, especialmente a situação do churrasco fez-me rir ás gargalhadas!

O que este livro tem de original é que combina a comédia e o romance de uma forma extremamente harmoniosa, diria até, com grande sensibilidade por parte dos autores.
Muita comédia, mas ao mesmo tempo muita ternura!
Resumindo, uma das melhores comédias românticas que já li, recomendo vivamente!


P.S- Escusado será dizer que já estou arrependida de não ter comprado também "Novamente Juntos" a um preço muito mais acessível... :S

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

O Nome do Vento - Patrick Rothfuss








Edição/reimpressão: 2009
Páginas: 966
Editor: Edições Gailivro

Sinopse:

Da infância como membro de uma família unida de nómadas Edema Ruh até à provação dos primeiros dias como aluno de magia numa universidade prestigiada, o humilde estalajadeiro Kvothe relata a história de como um rapaz desfavorecido pelo destino se torna um herói, um bardo, um mago e uma lenda. O primeiro romance de Rothfuss lança uma trilogia relatando não apenas a história da Humanidade, mas também a história de um mundo ameaçado por um mal cuja existência nega de forma desesperada. O autor explora o desenvolvimento de uma personalidade enquanto examina a relação entre a lenda e a sua verdade, a verdade que reside no coração das histórias. Contada de forma elegante e enriquecida com vislumbres de histórias futuras, esta "autobiografia" de um herói rica em detalhes é altamente recomendada para bibliotecas de qualquer tamanho.

A minha opinião:

Antes de mais, peço desculpa pela demora na publicação da crítica desta leitura, sinto sempre mais dificuldade em opinar sobre os livros de que gostei mais porque receio não conseguir expressar tudo o que merece ser dito!

Talvez comece por dizer que Patrick Rothfuss é de facto um belíssimo contador de histórias! Só assim se consegue que 966 páginas passem sem quase darmos por isso!

O Nome do Vento é o primeiro livro de uma trilogia, o seu protagonista é Kvothe, uma personagem realmente fantástica, sobre quem muito se diz e pouco se sabe verdadeiramente! Por isso mesmo, Kvothe concordou em contar a história da sua vida a um cronista, desmitificando lendas e mitos que pairam sobre ele. Para contar toda a sua história, Kvothe achou que precisaria de 3 dias e assim sendo cada livro corresponde a um dia de relato da sua vida.

Kvothe começa por contar-nos que pertence aos Edema Ruh, uma família de nómadas, falando-nos do seu modo de vida e de tudo o que aprendeu neste meio (música, teatro, "magia", ...) com os pais e com outros membros da trupe.

Conta-nos também como perdeu toda a sua família e amigos quando ainda era uma criança e a forma como conseguiu sobreviver sozinho e sem nada pelas ruas de uma cidade desconhecida. Achei esta parte especialmente intensa e muito bem descrita, acho que foi aqui que a personagem de Kvothe me cativou por completo, "sofrendo" quase com a sua dor.

Kvothe era um rapaz com uma inteligência acima do normal e com uma curiosidade de tamanho equivalente. Tinha uma grande paixão pela música e pelos livros, ou melhor, por todo o saber que os livros lhe podiam proporcionar. E foi isso que o levou desde criança a sonhar ir para a Universidade, pois era onde sempre lhe disseram que se encontrava o Arquivo com milhares de livros que lhe poderiam dar todas as respostas que ele ansiava (como descobrir quem matou os seus pais) e onde poderia aprender entre outras coisas, o Nome das Coisas.

Dentro da Universidade Kvothe viveu várias peripécias, mas a que mais me tocou foi a relação com Auri, uma rapariguinha que vivia escondida num local secreto num dos pólos da universidade e a quem ele passou a levar comida e outros presentes. O autor proporciona-nos diálogos simplesmente deliciosos entre estas duas personagens que parecem esquecer por momentos todos os seus problemas enquanto, em cima de um telhado, trocam presentes e constroem uma imagem especial e fantasiada das coisas mais simples que oferecem um ao outro! Fiquei completamente enternecida ao lê-los. Mostro-vos alguns exemplos:

"- Que me trouxeste? (...) - Uma chave - disse, orgulhosamente, oferecendo-ma. (...)

- É muito bonita - disse - O que abre?

- A Lua. (...) Assim, se houver uma porta na Lua, poderás abri-la."

(...)

- Trouxe-te pão (...) E uma garrafa de água.

- (...) O que tem a água? - perguntou, puxando a rolha e espreitando o interior.

- Flores(...) E a parte da Lua que não está no céu esta noite. Também a enfiei aí dentro.

- Já falei na Lua - disse, com entoação vagamente desaprovadora.

- Então são apenas flores. E o brilho de uma libélula. Queria um pedaço da Lua, mas o brilho azul de uma libélula foi o melhor que consegui." - - - pág. 518


" - Trouxe-te um vinho de mel.

- (...) O que tem dentro?

- Raios de sol - respondi. - Um sorriso e uma pergunta.

Aproximou o gargalo da orelha e sorriu-me. - A pergunta está no fundo - disse-lhe.

- Uma pergunta pesada - respondeu ela, estendendo-me a mão. - Trouxe-te um anel.

- O que faz? - perguntei.

- Guarda segredos. (...) Não os conta. Apenas os guarda.

- Serve - exclamei, algo surpreso. - Os segredos são teus - disse ela, como se explicasse algo a uma criança. - Não poderia servir a mais ninguém." - - - pág. 903

Em suma, este é realmente um grande livro em tamanho e em qualidade! Desde a capa, que adorei e que parecia atrair-me para ler a sua história, até ao seu contéudo que nos leva para um mundo à parte (cheio de magia, música, arte, romance, aventuras, mistério,...) de onde eu não queria sair! Enfim, um livro de literatura fantástica que é realmente Fantástico! Espero ansiosa pelo segundo volume desta trilogia.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Lua-de-Mel em Paris - Elizabeth Adler








Edição/reimpressão: 2010
Páginas: 282
Editor: Quinta Essência


Sinopse:

Deixe-se levar pelos sentidos nesta viagem à cidade mais romântica do mundo.
Lua-de-mel em Paris é uma incursão apaixonante pelos sabores, sons, paisagens e aromas de França e a história de uma mulher que se reconcilia com o seu passado e se converte na mulher que sempre desejara ser.

A minha opinião:

Foi com muita expectativa que iniciei esta leitura, pois há muito que queria ler algo desta escritora, dadas as sinopses dos seus livros serem tão aliciantes...e posso dizer que Elizabeth Adler não me desiludiu!

Este livro conta-nos a história de Lara, uma mulher de 45 anos que vê o seu mundo ser abalado ao descobrir a infidelidade do marido.
Entretanto, Lara conhece Dan, um homem mais novo, com quem acaba por se envolver.
Com viagem marcada para Paris, e após a recusa do marido em a acompanhar, Lara decide levar Dan naquela que seria a sua segunda Lua-de-Mel...
Juntos iniciam uma viagem onde Lara pretende confrontar-se com o passado, na tentativa de encontrar-se a si mesma, e quem sabe encontrar o verdadeiro amor...
A história tem assim todos os ingredientes para nos cativar, mas é efectivamente com o inicio da viagem para França que esta leitura se torna uma verdadeira delícia!

Elizabeth Adler descreve de forma magistral lugares de sonho (a cidade de Paris, aldeias e castelos medievais, a Provence francesa, a Riviera, paisagens deslumbrantes,etc) e comida que de tão apetitosa nos deixa com água na boca.
A autora é tão precisa que nos faz sentir como se estivesse-mos mesmo lá, os cenários são quase palpáveis, quase que sentimos os cheiros, os sabores, os sons...

A escrita é leve e fluída e os capítulos são tão pequeninos que quase não conseguimos parar de virar as páginas!

Em suma, um livro que me fez sonhar com França e que me proporcionou óptimos momentos de leitura! Recomendo vivamente!

domingo, 14 de fevereiro de 2010

O que ler a seguir?

Infelizmente estou quase a terminar de ler "O Nome do Vento"... já alguma vez ao lerem um livro se sentiram ansiosos por chegar ao final, mas ao mesmo tempo desejosos que ele nunca acabe?! Pois é assim mesmo que me estou sentir! =(

Agora ao olhar para a minha (grande) pilha de livros por ler não me consigo decidir sobre qual será o próximo... e como tal peço-vos uma ajudinha! Pode ser?! =)

As hipóteses são estas...





A Casa da Loucura
Estou-me nas Tintas para os Homens Bonitos
A Melodia do Adeus
Vidas Estilhaçadas

O Símbolo Perdido
As Intermitências da Morte
Alguém para Amar
A Casa na Praia

Comer, Orar, Amar


e estas (da Colecção da Revista Sábado)...

Agradeço sugestões... se já leram alguns, qual me recomendam? Ou qual gostariam de ver aqui retratado proximamente? Digam o que quiserem desde que ajudem esta leitora indecisa! =)


P.S. - Um dia publico uma foto das minhas estantes na íntegra.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Homens, Dinheiro e Chocolate - Menna Van Praag







Edição/reimpressão: 2010
Páginas: 214
Editor: Quinta Essência


Sinopse:

Bridget Jones encontra o Alquimista nesta história mágica sobre o amor, o sucesso e o prazer... e como ser feliz antes de alcançar tudo isto...

Uma história tocante e delicada sobre o amor e que mostra como é possível mudar de vida sem nunca perder a sua identidade.


A minha opinião:

Este livro conta-nos a história de Maya, uma mulher insatisfeita com a sua vida, e que após vários encontros com várias pessoas que vão surgindo no seu caminho, decide mudar e lutar pelos seus sonhos, partindo numa viagem em busca de si mesma.

Menna Van Praag apresenta-nos uma bonita fábula, onde nos transmite algumas preciosas mensagens: que é preciso coragem para lutar pelos nossos sonhos, que antes de procurar-mos o amor de alguém temos primeiro de gostar de nós mesmos, e que o chocolate é apenas uma das muitas fontes de prazer que podemos ter na vida.

Um fantástico livrinho, com uma história lindíssima, escrito de uma forma extremamente envolvente, que decerto não o vai deixar indiferente...e que ainda por cima trás um bónus: umas receitas que parecem deliciosas!

Resumindo, um livro que nos deixa com água na boca...quer pelo chocolate, quer pela própria vida!

Agora deixo-vos com uma citação de que gostei muito...

" - Vai descobrir a felicidade quando arranjar coragem para deixar de viver uma vida segura e começar a viver uma vida verdadeira (...)
- Viver uma vida verdadeira significa correr riscos para construir o que deseja (...) não se trata de procurar amor ou a aprovação dos outros, ou sucesso no mundo exterior (...) viver verdadeiramente é fazer algo porque está no seu coração e precisa de ser manifestado.
Uma pessoa que vive verdadeiramente, não tem em consideração o sucesso ou o fracasso.
Fá-lo porque sente que assim deve ser. Fá-lo porque tem de o fazer." Pág. 63

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

O Recife - Nora Roberts








Edição/reimpressão: 2009
Páginas: 368
Editor: Edições Chá das Cinco



Sinopse: A arqueóloga marinha, Tate Beaumont, é apaixonada pela caça ao tesouro. Ao longo da vida, ela e o pai descobriram muitas riquezas fabulosas, mas há um tesouro que nunca conseguiram encontrar: a Maldição de Angelique - um amuleto com pedras preciosas, obscurecido pela lenda e manchado de sangue. Para encontrarem este artefacto precioso, os Beaumonts aceitam, hesitantemente, uma parceria com os mergulhadores Buck e Matthew Lassiter. Tate não fica feliz por partilhar o seu sonho, mas não tem alternativa. E, à medida que os Beaumonts e os Lassiters disponibilizam recursos para localizar a Maldição de Angelique, as águas das Caraíbas adensam-se com desilusões sombrias e ameaças escondidas. A parceria entre as famílias é posta em causa quando Matthew se recusa a partilhar informação - incluindo a verdade sobre a morte misteriosa do seu pai, alguns anos antes. E conforme Tate e Matthew avançam com a sua desconfortável aliança... o perigo e o desejo ameaçam emergir.


A minha opinião:

Este foi o primeiro livro que li de Nora Roberts...e não será certamente o último!
Gostei bastante da forma de escrever da autora, e de todo o enredo criado.
"O Recife" levou-me a viajar pelas profundezas do oceano, onde habitam inúmeras criaturas (umas adoráveis, outras nem tanto!) e onde se escondem tesouros ainda por descobrir...
O que mais gostei no livro foi a sensação de aventura que nos transmite a busca de tesouros escondidos no fundo do mar, toda a expectativa que dai resulta é deveras contagiante!
Também gostei muito da misteriosa história em torno d"A Maldição de Angelique"...
A autora apresenta-nos algumas personagens inesquecíveis, a corajosa e sonhadora Tate, o complicado Mathew, os adoráveis pais de Tate, Marla e Ray, o azarado Buck e ainda o terrível vilão VanDyke!
Este livro realça a união familiar, o poder do amor face ao ódio e a qualquer tipo de vingança, e ainda os estragos que a ganância desmedida pode fazer na vida de uma pessoa.
Os últimos capítulos foram muito intensos, marcados pelo suspense e pelo mistério...e com algumas reviravoltas que me surpreenderam.
Em suma, um livro que me proporcionou momentos de leitura muito agradáveis.
Recomendo sem reservas!



P.S- Lembram-se do Sawyer da série Lost? Então não é que a minha imaginação, vá-se lá saber porquê, levou-me desde o inicio da leitura a associar a personagem Mathew ao Sawyer... o que tornou ainda esta leitura ainda mais interessante! Se é que me faço entender ;D

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Entre os Assassinatos - Aravind Adiga








Edição/reimpressão: 2010
Páginas: 312
Editor: Editorial Presença

Sinopse:

Este é novo romance do autor de O Tigre Branco, o aplaudido Booker Prize de 2008. A obra desenvolve-se como um um guia de viagem a uma cidade imaginária, Kittur, situada na costa sudoeste da Índia, a meio caminho entre Goa e Calecute, durante o período de sete anos que decorreu entre os assassinatos de Indira Gandhi e do seu filho Rajiv. São catorze histórias que se sobrepõem formando um mapa vivo da cidade, decorrendo cada uma em diferentes zonas de Kittur. Aravind Adiga retoma muitos dos temas presentes em O Tigre Branco, mas recorre agora a múltiplos narradores diferentes. Uma obra que o conduz à descoberta fascinante da Índia actual.


Opinião da A.

"Entre os Assassinatos" leva-nos numa viagem pela Índia, uma viagem especial visto que se trata de uma cidade imaginária, Kittur, mas que de tão detalhadamente descrita nos faz quase sentir os cheiros, os sons e as experiências que ali se vivem.

O autor envolve-nos na história, parece querer que façamos parte dela, para isso antes do começo de cada história temos uma breve caracterização do espaço onde ela se vai desenrolar. Para que possamos melhor compreender as histórias, uma vez que estas são ricas em detalhes sobre a cultura, sobre as várias religiões, sobre os vários modos de vida, etc, o autor dispôs também no fim do livro um glossário que nos dá o significado de algumas expressões indianas utilizadas, bem como algumas explicações sobre a cultura indiana.

Aravind Adiga retrata assim a Índia por detrás do luxo, a verdadeira Índia se assim se pode dizer, sem nenhum véu sobre os modos de vida da sua grande variedade de gentes. Através de uma brilhante descrição de uma cidade imaginária, retrata-nos o dia-a-dia, as formas de viver ou de sobreviver e as frustrações de vários personagens, quase todos pertencentes às castas mais baixas ou em situação de minoria face à religião ou qualquer outro aspecto.

O autor consegue assim transmitir-nos a grande importância que as diferenças (de casta, religião, ...) têm nesta civilização, mostrando-nos várias dicotomias e o fosso que por vezes existe entre as suas gentes.

Gostei muito de um pequeno pormenor que me surpreendeu no decorrer dos relatos de algumas histórias - o facto de por vezes um ou outro personagem cruzar-se no seu caminho/história com outro personagem já anteriormente relatado, mesmo que esse encontro seja muito suavemente mencionado e pouco relevante para a história de um e de outro, fez parecer com que aquelas histórias mesmo separadas formassem um círculo, que tudo naquela cidade estava de certa forma ligado.

Em suma, gostei muito desta leitura, achei o livro muito original e com uma escrita saborosa! =)

Opinião da B.

Este livro apresenta-se como um guia de viagem a Kittur, uma cidade imaginária da Indía, durante os sete anos que separam os assassinatos de Indira Gandhi e de Rajiv, seu filho.

O autor dá-nos a conhecer 14 zonas da cidade através de 14 histórias das suas gentes.

A história que mais me marcou foi a de Keshava e Vittal, os dois irmãos que chegam a Kittur em busca de um parente que nunca viram na vida e que supostamente lhes dará um trabalho. No entanto, nem tudo corre como eles esperavam, este parente dá-lhes um trabalho, mas apenas tem comida para um deles...e em vez de lhes dar um tecto, deixa-os a dormir numa rua, onde ainda por cima têm de pagar pelo seu "lugar ao relento"! A união inicial existente entre os dois irmãos é abalada quando Keshava, o irmão mais novo, levado pelo desejo de uma vida melhor aceita o trabalho e o tecto que um homem, de nome Irmão lhe oferece, abandonando assim o irmão á sua sorte. Embora nunca esqueça o irmão, Keshava é incapaz de abandonar a sua nova vida... Vê-se nesta história que o instinto de sobrevivência se sobrepõe aos laços de família e de amizade.

Aravind Adiga brinda-nos com uma escrita fluída e intensa, que torna os cenários quase palpáveis. Num tom irónico e mordaz, apresenta-nos 14 histórias que nos fazem mergulhar numa realidade marcada pela miséria, corrupção, por desigualdades sociais e injustiças. Num país repleto de contrastes culturais e religiosos, e onde vigoram os sistemas das castas, a insatisfação, a revolta e os conflitos surgem naturalmente.

Leiam e deixem-se guiar por uma cidade imaginária, mas cuja realidade não estará muito distante da realidade das cidades da Índia actual.

Sem dúvida, um livro a não perder por todos aqueles que se interessam por este fascinante país que é a Índia.


O nosso agradecimento à Editorial Presença por nos ter proporcionado esta óptima leitura!

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

A melodia do adeus - Nicholas Sparks








Edição/reimpressão: 2009
Páginas: 368
Editor: Editorial Presença

Sinopse: Com apenas dezassete anos, Ronnie vê a sua vida virada do avesso quando o casamento dos pais chega ao fim e o pai se muda da cidade de Nova Iorque, onde vivem, para Wrightsville Beach, uma pequena cidade costeira na Carolina do Norte. Três anos não são suficientes para apaziguar o seu ressentimento, e quando passa um Verão na companhia do pai, Ronnie rejeita com rebeldia todas as tentativas de aproximação, ameaçando antecipar o seu regresso a Nova Iorque. Mas será em Wrightsville Beach que Ronnie irá descobrir a beleza do primeiro amor, quando conhece Will e se deixa tomar por uma paixão irrefreável e de efeitos devastadores.

A minha Opinião:

Este livro, mais do que contar-nos a história de amor de dois adolescentes, conta-nos a história de um amor maior, o amor entre pais e filhos, neste caso entre um pai e os seus dois filhos.

Steve é um pai ausente, que se prepara para receber os seus dois filhos, que com ele vão passar as férias de Verão. Ronnie, a filha mais velha é uma adolescente revoltada com a separação dos pais, e que culpa Steve por este se ter ido embora de casa. Jonah é um menino de 10 anos que apenas se quer divertir e aproveitar o tempo que pode passar com o pai. Juntos vão viver um Verão inesquecível, para o bem e para o mal...

Neste livro Nicholas Sparks volta a abordar um tema muito sensível o cancro, e novamente volta a dar um fim trágico a uma das suas personagens, no entanto acho que a forma como este livro está escrito foge um pouco ao seu registo, não sei explicar bem porquê mas este livro tem algo de diferente...

O autor aborda ainda neste livro questões como a fé em Deus, a importância do perdão, o valor da amizade e a descoberta do primeiro amor.

Enfim, um livro muito comovente, com uma história que tem tanto de triste como de bela. Gostei muito de acompanhar a evolução da relação entre pai e filha, gostei muito da relação ternurenta dos dois irmãos, achei alguns dos seus diálogos deliciosos...e claro também gostei do romance de Ronnie e Will.

Resumindo, mais um fantástico livro deste fantástico escritor, Nicholas Sparks!



P.s- Não podem perder a oportunidade de adquirir "O dia que faltava" e " Três metros acima do céu", estes fantásticos livros de que já falei aqui no blog, estão com preços muito convidativos com a campanha do Dia dos Namorados no site da Editorial Presença, garanto que valem bem o investimento! ;)