As Intermitências da Morte - José Saramago
A morte, a igreja e a filosofia...
"... se acabasse a morte não poderia haver ressurreição, e que se não houvesse ressurreição, então não teria sentido haver igreja. Ora, sendo esta, pública e notoriamente, o único instrumento de lavoura de que deus parecia dispor na terra para lavrar os caminhos que deveriam conduzir ao seu reino, a conclusão óbvia e irrebatível é de que toda a história santa termina inevitavelmente num beco sem saída.
(...) As religiões, todas elas, por mais voltas que lhe dermos, não têm outra justificação para existir que não seja a morte, precisam dela como do pão para a boca" - Pág. 38
"Porque a filosofia precisa tanto da morte como as religiões, se filosofamos é por saber que morreremos, monsieur de montaigne já tinha dito que filosofar é aprender a morrer." - Pág. 40
Não sou grande fã de José Saramago mas realmente essa frase é qualquer coisa de especial (:
ResponderEliminarbeijinhos e boas leituras,
oprazerdaleitura94.blogspot.com