quinta-feira, 29 de março de 2012

Aquele Verão na Toscana - Domenica de Rosa




Paixão e escrita num paraíso italiano.


Edição/reimpressão: 2011
Páginas: 320
Editor: Edições Asa

A mesma leitura, duas opiniões diferentes! ;)
Opinião da A. : 

Tinha ali este livro por ler, tinha gostado da sinopse mas ainda não me tinha chamado por aí além. Quando a B. sugeriu lê-lo ao mesmo tempo para irmos trocando impressões, como não tinha vontade de nenhum outro em particular, aceitei. Embarquei nesta leitura sem grandes expectativas e talvez por isso não me tenha desiludido. Deixei-me embalar na leitura como se estivesse deitada numa das cadeiras à beira da piscina, em plena tarde de Verão na Toscana. Fui-me deixando envolver na história lentamente, saboreando à medida que a mesma se ia desenrolando.

Gostei muito das descrições dos cenários, que me transportaram para o local e fizeram com que me conseguisse ver ao lado das personagens, por isso mesmo adorei a visita ao Coliseu, ao Fórum Romano reservado para os gatos, adorei e diverti-me com a "mini-aventura" de Mary, aquando da sua escapadela para a Igreja da Imaculada Conceição, na famosa Via Veneto, onde acabou por se perder e encontrar a Cripta dos Frades Capuchinhos, etc. Consegui imaginar tudo o que eles estavam a ver, como se estivesse mesmo lá.

Quanto às personagens, não as achei demasiadas, achei que todas tinham o seu lugar na história. De inicio achei que a tirar alguma seriam talvez o casal Dorothy e Ricky, que me pareceram que só para o final adquiriram algum relevo, até inesperado digamos, e, lá está, mais uma vez necessário de alguma forma para o desenrolar da história de outra personagem, neste caso, Patrícia.
Simpatizei logo de inicio com as personagens de Anna e Mary, a velhota dinâmica que eu gostava de ser um dia =). E, posteriormente no desenrolar da história, Aldo e Patrícia ganharam também a minha simpatia.
O gato Sean sempre me deixou com a "pulga atrás da orelha", sempre suspeitei que a sua aparição não era ao acaso, desconfiava porquê e acertei! =)

Quanto à escrita criativa que, pela sinopse, prometia ser um ponto importante na história, esta é, também no meu entender, pouco focada. Há algumas dicas interessantes integradas na história, dadas por Jeremy nas suas reuniões com os aspirantes a escritores, mas mesmo assim penso que teria sido interessante que tivesse sido mais explorada.

A leitura deste livro surgiu quando eu precisava de alguma calma na confusão que andava o meu dia-a-dia e consegui encontrá-la ali, no refúgio das tardes de verão naquele castelo na Toscana. Não é uma daquelas histórias que nos prendem imediatamente e nos deixam ansiosos para saber o que vem a seguir, é verdade, mas eu gostei.

Classificação: 3 Bom

Opinião da B. :

Ao contrário da A. e ironicamente, uma vez que fui eu que sugeri lermos este livro, não gostei assim muito. "Aquele verão na Toscana" revelou-se para mim uma desilusão... provavelmente, o problema foi ter criado grandes expectativas, pois pela sinopse parecia-me um daqueles livros que ia adorar.
O único aspecto que adorei no livro foram os cenários magistralmente descritos pela autora, desta região que tenho o sonho de um dia vir a conhecer. E as descrições da comida de Aldo, de fazer crescer água na boca!

Agora as desilusões... A história em si, que parecia ter tudo para ser interessante, acabou por se tornar enfadonha. Talvez pelas personagens que muitas das vezes tive dificuldade em imaginar e que pouco me cativaram. Apenas Mary e Aldo conquistaram a minha simpatia. A meu ver, as personagens eram muito numerosas, o que a certo ponto se tornou confuso, seguir tantas histórias paralelas. Outro aspecto que me desiludiu foi o facto da parte da escrita criativa, que eu pensava ser o tema central e muito me interessava, não ter sido muito focada e desenvolvida.

Classificação: 2 Razoável

4 comentários:

  1. Gostei ler as vossas opiniões. Li também, esperançado que contasse uma história envolvente com um leque de personagens interessantes, mas acabei por desistir a meio do livro. Fiquei desiludido, mesmo! Aldo, Patrícia e Mary (a esplêndida velhota!) conquistaram a minha simpatia, mas as restantes são para esquecer. A escrita também não é assim tão boa que nos prendesse. Em relação ao gato, gostava de saber... Será que me podem revelar? lol
    Boas leituras!

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  2. Eu gostei desta história, dentro do género achei bem engraçada mas claro está que gostos não de discutem...

    Boas leituras :)

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  3. Guerreiro,
    posso revelar sim, só espero que ninguém que queira ler o livro venha aqui ver os comentários - atenção, Spoilers!!! :D

    Então é assim, no meu entender, o súbito aparecimento do gato, que curiosamente e por coincidência ou não, foi "baptizado" por um dos hóspedes com o mesmo nome do ex-marido de Patrícia - Sean, sempre representou um indício de que o ex-marido de Patrícia iria voltar e de que não estaria assim tão longe...! :)

    Maria,
    eu também gostei da história. A B. não gostou tanto, mas isto é só mais um exemplo que demonstra que não há livros maus, pois o que não agrada a uns pode agradar a outros, não é? :)

    Boas leituras para vocês também.

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  4. Acabei de ler o livro, e confesso que adorei. Para além das descrições da toscana, das referências permanentes a comida e bebida que só nos fazem ter vontade de estar sentados à sombra de uma parra, a comer pizzas e beber vinho branco gelado, num dia de calor tórrido, as personagens divertidas e mais ou menos reais, os acontecimentos que se vão sucedendo e interligando não sabemos se ao sabor da pena ou se premeditadamente...deixou-me bem disposta e cheia de vontade de também eu ir fazer um curso de escrita descritiva num castelo na toscana!

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Obrigada pelo comentário! :)