Chocolate - Joanne Harris
"Felicidade. Tão simples como um copo de chocolate, tão tortuosa como o coração. Amarga. Doce. Viva." - Pág. 149
"Existe uma espécie de alquimia na transformação do chocolate em bruto neste ouro de um louco sábio, a magia de um leigo (...) Os aromas cruzados de chocolate, baunilha, cobre aquecido e canela são intoxicantes, poderosamente sugestivos, os aromas brutos e telúricos das Américas, o perfume quente e resinoso da floresta tropical. Eis como agora viajo, como os aztecas nos seus rituais sagrados: México, Venezuela, Colômbia. A corte de Montezuma. Cortez e Colombo. O Manjar dos Deuses, borbulhando e espumando em taças cerimoniais. O amargo elixir da vida.
Talvez seja isto que Reynaud intui na minha lojinha: um regresso a tempos em que o mundo era um lugar mais vasto e selvagem. Antes de Cristo - antes de Adónis nascer em Belém ou Osíris ser sacrificado na Páscoa -, o grão de cacau já era venerado. Eram-lhe atribuídas qualidades mágicas. A sua infusão era bebida em golinhos nos degraus de templos sacrificiais; os seus êxtases eram poderosos e terríveis." - Pág. 54
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