Edição/Reimpressão: 2014
Páginas: 304
Editora: Topseller
A minha opinião: Apaixonante, bela e envolvente são talvez as melhores palavras que encontro para descrever esta leitura.
Use Lahoz apresenta-nos a vida tal como ela é, com um leve toque de improvável e inesperado pelo meio. Em "O ano em que me apaixonei por todas" conta-nos duas histórias em paralelo, a história de Sylvain e de Metodio Fournier e das suas famílias.
Estes jovens tem a mesma idade, 29 anos, mas percursos de vida muito diferentes.
Sylvain é francês, um tanto ou quanto inseguro e muito indeciso. Talvez por não ter uma família estável e por ter passado a vida de país em país a estudar, parece não saber muito bem qual o seu lugar. No que toca ao amor é um bocado obcecado por Heike a sua ex-namorada espanhola que conheceu em Roma, o que o leva até Madrid na tentativa de a reencontrar ou então de a esquecer para sempre.
Depois temos a saga da família de Fournier, marcada por personagens de personalidade forte, que sabem aquilo que querem trabalhando arduamente para o ter e romances arrebatadores. Metodio é tal e qual os seus antepassados, obstinado, trabalhador e muito generoso.
Em Madrid Sylvain continua a levar a vida sem grandes responsabilidades e meio perdido, até que encontra um manuscrito com a história de vida de Metodio. As semelhanças e diferenças que encontra entre as suas vidas leva-o a questionar-se e a pensar naquilo que realmente quer para si.
E quando Sylvain encontra pessoalmente Metodio nem sabe a reviravolta que vai acontecer na sua vida...
Confesso que no inicio tive alguma dificuldade em embrenhar-me na estória, senti-me um pouco perdida no meio de tanta nacionalidade diferente, e ainda mais perdida na história de vida da família Fournier, por vezes fiquei um pouco confusa com as semelhanças entre Metodio e Sylvain e já não sabia bem de quem era a história que estava a ler.
Não sei em que momento da estória o autor conseguiu prender a minha atenção, só sei que mais ou menos a meio do livro fui incapaz de o pousar, ficando sempre na expectativa de saber o que de seguida iria acontecer, até chegar ao fim.
Foi bom acompanhar a evolução de Sylvain, vê-lo ganhar alguma maturidade e concordar com a sua escolha final.
Foi óptimo "sentir o pulso" a Madrid, pois o autor descreveu na perfeição os lugares, as pessoas e as vivências da cidade.
Foram maravilhosas as passagens onde o adorável Monsiuer Tatin concertava corações danificados por desgostos de amor, e da fantasia e magia que elas trouxeram á história.
E para finalizar, a cereja no topo do bolo, que foi a explicação deste curioso título, inesperada e tão doce...adorei!
Leiam e deixem-se surpreender...
Classificação: 3 Bom!
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